Factores Internos de Degradação do Papel

Os factores Internos de degradação do papel estão estritamente relacionados com a composição do mesmo, ou seja, todos os componentes que fazem parte dele, como por exemplo:

  • Tipo de fibras - os tipos de fibra que compõem o papel, constituídos de

celulose pura, que não apresentam lignina na sua fibra, não possuindo acidez
na sua estrutura, como os de trapos de algodão e linho, são os de maior
durabilidade. A fibra da madeira, quando não sofre o processo necessário
para eliminação da lignina, torna o papel de baixa qualidade em cor, textura e
resistência, ou seja, torna-se quebradiço e com um aspecto amarelado. Quase a totalidade dos papéis são actualmente produzidos com fibra de madeira. A degradação do papel num maior ou menor grau, vai depender da purificação no processo de fabricação e também do controlo dos factores externos de degradação.

  • Tipo de encolagem - a encolagem é o processo sofrido pelo papel após o seu processo de fabricação, quando lhe é aplicada uma substância que tem como finalidade

fixar a tinta de escrever e de impressão. O uso desta cola evita que a tinta se
espalhe por todo o papel, fixando-a sem borrões. Se o papel não receber essa
cola, ele absorverá a tinta como um mata-borrão.

  • Resíduos químicos não eliminados e utilizados no fabrico do papel - Quando os produtos químicos não são eliminados totalmente, provocam reacções químicas ácidas,

originando a degradação do papel.

  • Recipientes metálicos utilizados na fabricação do papel - são recipientes que depositam partículas metálicas na polpa durante o processo, tornando-se catalisadores de reacções ácidas, gerando manchas de ferrugem no papel (foxing).
  • Partículas Metálicas;

O papel, é composto basicamente de fibra de celulose e aditivos sendo que estes contribuem para obtenção de papéis mais lisos e homogéneos, com melhor acabamento e mais aptos a impressão. Estes aditivos em condições apropriadas de temperatura e humidade, reagem entre si formando ácidos que destroem o papel. Outro factor de deterioração intrínseca, nos papéis é o uso de fibras não purificadas, isto é, das quais não se removeu a lignina. A lignina afecta a resistência do papel envelhecendo-o rápido desencadeando um acelerado processo ácido. O papel ácido apresenta-se geralmente duro e frágil e em geral escurecido, quando é mole e poroso e, geralmente os danos são outros.

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